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Brasil cai duas posições em ranking de competitividade digital

O Brasil perdeu duas posições no ranking de competitividade digital global da escola de negócios suíça IMD. A edição 2018 do World Digital Competitiveness Ranking mostra uma piora do país em comparação à edição do ano anterior, com o Brasil caindo da 55° para a 57° posição. 

Tomando somente o cenário de América Latina como base, o Brasil fica na quarta posição. Quem lidera é o Chile (na 37ª posição global), seguido de México (na 51ª posição global) e Argentina (na 55ª posição no ranking global).



O IMD classifica os países levando em conta três fatores: conhecimento, tecnologia e preparação para o futuro. Cada área ainda se divide em outros fatores. A melhor colocação do Brasil vem no quesito preparação no futuro, no qual fica em 47º no ranking total (apesar de apresentar piora em relação ao ano passado, caindo três posições).



A escola de negócios suíça aponta algumas das principais fraquezas e forças do Brasil. Gasto total em educação, largura de banda de conexão à internet e ampla posse de smartphones são alguns dos pontos positivos que a IMD vê no país. Mas o destaque fica por conta de “produtividade de P&D por publicação”, quesito no qual o Brasil ocupa a 8ª posição.



Por outro lado, o país peca em indicadores importantes. Entre as fraquezas estão índices de gerenciamento de cidades, habilidades tecnológicas/digitais e tecnologia da comunicação.



Mas talvez o mais importante deles seja um velho conhecido de empreendedores e empresários brasileiros: os aspectos regulatórios para se iniciar um negócio. Em outras palavras, a escola de negócios vê dificuldades geradas pela burocracia brasileira.



Os dados históricos mostram que o Brasil parece seguir o movimento de uma sanfona na competitividade digital—ora apresenta melhora nos índices, ora, piora. O melhor momento do país recentemente foi em 2016, quando ocupou a 54ª posição. No ano passado, caiu para 55ª posição e, neste ano, cai mais duas colocações.



Mundo

A primeira posição do estudo da IMD fica com os Estados Unidos—que desbancou Singapura, que ocupava o topo no ano passado. O país aparece em boas colocações em diversos índices do ranking. Ele lidera em concentração científica, capital (com destaque para o trabalho de venture capital no país), entre outros.



Por outro lado, a escola indica pontos fracos dos Estados Unidos. O mais relevante entre eles (e cercado de discussão) são as leis de imigração. Nesse assunto, o país fica em 54º no ranking geral. Cibersegurança é outro quesito no qual o país não está bem colocado e fica na 35ª posição global.



O ranking coloca Singapura como o segundo país mais competitivo digitalmente. O estudo aponta que, apesar de ocupar uma alta posição geral, o país tem índices pobres quando o assunto é agilidade de negócios e da sociedade na adoção de tecnologias novas.



A terceira posição é europeia e foi obtida pela Suécia, que ano passado ocupava a vice-liderança. O IMD aponta que o país teve piora nos números relacionados a educação e graduados em ciências—o que pode explicar a queda de uma posição.



Para mais informações, veja o estudo completo no site da IMD.



Fonte: Época Negócios