Lula anuncia investimentos de R$186,6 bilhões na indústria de tecnologia
Aporte inclui recursos públicos e privados, além de linhas de crédito que serão abertas pelo governo. Meta é digitalizar 50% das indústrias até 2033
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta quarta-feira (11/9), R$ 186,6 bilhões em investimentos públicos e privados para indústrias de alta tecnologia, como internet das coisas (IoT), inteligência artificial, semicondutores e Big Data.
O conjunto de medidas, que incluem investimentos públicos e privados e créditos para o setor, foi anunciado durante solenidade no Palácio do Planalto, com a presença de empresários e representantes da indústria e sindicatos de trabalhadores.
Do valor total anunciado, R$ 42,2 bilhões já foram alocados pelo poder público. Já o setor privado anunciou R$ 85,7 bilhões em investimento.
Os aportes privados foram divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), com R$ 34,8 bilhões; Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), com R$ 24,8 bilhões; a Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil), com R$ 16 bilhões: e a multinacional Amazon, com R$ 10,1 bilhões.
Lula também sancionou a lei que cria o Programa Brasil Semicon, com incentivo de R$ 7 bilhões por ano para pesquisa e inovação no setor de chips e eletroeletrônica. Outras medidas anunciadas incluem a criação de linhas de crédito para o setor tecnológico.
A meta do governo federal é atingir 50% de digitalização nas indústrias brasileiras até 2033, com meta intermediária de 25% em 2026. Atualmente, o percentual é de 18,9%, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Para atingir a digitalização, segundo a métrica da pasta, é preciso atender três das seis tecnologias entendidas como relevantes para a transformação digital: serviços em nuvem, ERP/CRM (softwares financeiro), Big Data, robôs de serviço, internet das coisas e inteligência artificial.
Participaram também do anúncio o vice-presidente e chefe do Mdic, Geraldo Alckmin, e os ministros Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais).