Economia diz que Lei de Informática está fora da PEC 186 e Câmara aprova texto
“Diante de questionamentos sobre os efeitos da PEC Emergencial (PEC 186/2019) nos benefícios da Lei 13.969/2019 (Lei de Informática), o Ministério da Economia esclarece e informa que a Lei de Informática está em completa consonância com o previsto na PEC”, diz a nota publicada pelo Ministério na noite de terça, 9/3, quando os deputados votavam a medida.
“Os benefícios concedidos pela Lei da Informática serão preservados no Plano de redução dos incentivos a ser encaminhado ao Congresso, não havendo, nesse envio, qualquer alteração nos benefícios vigentes na Lei 13.969/2019. Estes são decrescentes e estão previstos até 31 de dezembro de 2029. Este é exatamente o prazo estipulado pelo artigo 4º da PEC Emergencial”, completa a nota do ME.
“Quando o governo amarrou o Auxílio Emergencial à redução dos incentivos, constrangeu os parlamentares, muitos dos quais perceberam que seria um erro inviabilizar a Lei de Informática. Então a gente entende a nota como um compromisso e um total empenho do Ministério da Economia em resolver esse gargalo colocado por meio da PEC”, diz a presidente executiva da P&D Brasil, Rosilda Prates.
Nos últimos dias, com a iminência da PEC e a dificuldade em modificar o texto por conta da corrida para aprovar o novo Auxílio Emergencial, algumas teses já buscavam enquadrar a Lei de Informática nas exceções aos cortes de incentivos nela previstos. E o que era uma das frentes de argumentação junto ao governo agora ganhou chancela do próprio Ministério da Economia.
Falta, naturalmente, que a promessa seja materializada. “O artigo 4 da PEC 186 continua. E ele só faz exceções ao Simples, à Zona Franca de Manaus, filantrópicos e desenvolvimento regional. A Lei de Informática não está ali. Portanto, tem que haver alguma formalização do compromisso. Precisamos de segurança jurídica, previsibilidade. A PEC, hoje, ainda causa insegurança. A nota do Ministério da Economia indica que ela não será afetada, mas isso precisa ser devidamente tratado porque não há nada mais forte que o texto constitucional”, completa Rosilda Prates.
Com 341 votos a favor, 121 contra e 10 abstenções, a Câmara aprovou em primeiro turno o texto da PEC 186/19, sem mudanças no que já tinha sido aprovado no Senado, às 22h40 da terça, 9/3. Nesta quarta, devem ser votados os 10 destaques que ainda tentam modificar a proposta.
Fonte: Convergência Digital