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Coronavírus – Brasil sob alerta!

Brasil já apresenta o primeiro caso de COVID-19 no país

Empresas brasileiras que usam insumos fabricados na China devem se preparar para um cenário de desabastecimento momentâneo por causa da crise provocada pelo novo coronavírus. Para tentar conter a disseminação do vírus, Pequim impôs às empresas que providenciem máscaras, luvas e gel higienizante aos funcionários, caso tenha casos de contaminação, a fábrica é multada.

Um dos resultados é que muitas companhias estão mantendo parte de seus funcionários em casa. O que significa diminuição de produção. Depois do feriado do Ano Novo chinês, as empresas que já voltaram a funcionar – brasileiras ou não – o fizeram com apenas 20% a 30% de sua mão de obra.

O cenário é o seguinte: em fevereiro, o parque fabril chinês – nas regiões de maior alerta para a contaminação – deve operar com 20% de seus trabalhadores; em março, essa fatia sobe para a faixa de 30% a 50%; em abril, entre 50% e 80%; e somente em maio a situação se normalizaria. Como em geral levam aproximadamente 90 dias entre produção e embarque de produtos chineses para o Brasil, o impacto dessa redução do ritmo de trabalho deverá chegar ao Brasil no segundo semestre.

Neste mesmo período tivemos a Missão Regresso que trouxe de volta ao país um grupo de 34 brasileiros, entre adultos e crianças, que pediu para deixar a região que se transformou no epicentro de contaminações pelo novo coronavírus na China. Os repatriados desembarcaram no país no dia 09 de fevereiro em Anápolis/GO onde permaneceram em quarentena por 18 dias na base aérea da cidade, nenhum dos repatriados apresentam qualquer indício de contaminação. Todos os brasileiros testaram negativo ao coronavírus.

Em 26 de fevereiro o Ministério da Saúde confirma primeiro caso de coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem de 61 anos que mora em São Paulo e veio da Itália. Esse é o primeiro caso da doença no país e em toda a América Latina. Além dele, há outros 20 casos em investigação e 59 suspeitas já foram descartadas.

De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o paciente com Covid-19 chegou ao país vindo da Itália. Ele estava assintomático e, depois de alguns dias, procurou um serviço de saúde com sintomas respiratórios. Antes, ele havia participado de uma reunião familiar, o que levou o Ministério da Saúde a colocar 30 pessoas que tiveram contato com ele em observação. O hospital Albert Einstein registrou a suspeita, fez um teste, que deu positivo. O caso foi para o Instituto Adolfo Lutz para contraprova, que foi concluído em três horas, comprovando a infecção por coronavírus.

As autoridades sanitárias de São Paulo orientam que os pacientes com os sintomas da doença procurem o serviço de saúde mais próximo, caso apresentem febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza, associados a aspectos epidemiológicos como histórico de viagem em área com circulação do vírus ou contato próximo a algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para coronavírus. Para acompanhar esses casos suspeitos, o governo de São Paulo anunciou a criação de um centro de operações de emergência, que funcionará 24 horas por dia, controlando os registros do coronavírus em todo o estado. O plano de ação, lançado em parceria com a Prefeitura de São Paulo, integrará profissionais de todos os municípios e inclui a compra de equipamentos de proteção para funcionários de saúde.

 

Fonte: Com informações ValorEstadãoG1