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Cerimônia marca 50 anos do INPI e lançamento da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual

Com 210 ações propostas, a Estratégia visa alcançar um sistema efetivo que incentive a criatividade e a inovação no país


No evento que marcou os 50 anos do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), nesta sexta-feira (11/12), a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME) lançou a Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI). O documento visa alcançar um Sistema Nacional de Propriedade Intelectual efetivo e amplamente conhecido, que incentive a criatividade e os investimentos em inovação, visando o aumento da competitividade e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

“Estamos aqui para comemorar os 50 anos de uma instituição vencedora. É um grande marco do INPI que antes da metade do governo reduziu 50% do backlog (acúmulo). Nós temos muito a agradecer pelo esforço e trabalho de vocês”, ressaltou o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa. O número de processos que entraram no Plano de Combate ao Backlog de Patentes caiu de 149 mil para 75 mil, entre agosto de 2019 e dezembro deste ano, ou seja, redução de 50% em menos de um ano e meio.

O presidente do INPI, Cláudio Furtado, também celebrou os 50 anos de atuação do instituto e destacou a importância da redução. “Reduzir 50% do backlog é um ganho extraordinário para sociedade brasileira. O que nós festejamos hoje não é só o número de 75 mil casos que conseguimos decidir, mas a redução de bilhões de reais de custo para sociedade brasileira”, disse Furtado.

Entre os atuais projetos estratégicos que se destacam na evolução institucional do INPI, destaca-se, além do Plano de Combate ao Backlog de Patentes, a operacionalização do Protocolo de Madri para registro de marcas no exterior; o Plano PI Digital (destinado à transformação dos serviços do INPI nos ambientes eletrônicos); e o Programa INPI Negócios (cujo objetivo é fomentar a geração de novos ativos de PI por residentes no Brasil).

Em sua fala, Carlos Da Costa também apresentou as principais metas da ENPI, que ele classificou como relativamente ousadas: colocar o Brasil entre os 10 países no mundo onde mais se depositam pedidos para proteção da propriedade intelectual; que indústrias intensivas em propriedade intelectual (PI) contribuam diretamente com 30% do valor agregado ao PIB nacional; e que 80% das empresas inovadoras nacionais se utilizem de ferramentas para proteção da sua Propriedade Intelectual.

Elaboração da ENPI

A Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual foi produzida a partir de um ano de trabalho do Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual (GIPI), envolvendo mais de 220 especialistas no tema, com 98 contribuições recebidas na fase de consulta pública, e com grande representatividade do setor privado.

O GIPI é presidido pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, e composto por 10 membros: Secretaria de Governo da Presidência, Casa Civil, Ministério da Economia (ME), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério do Turismo (MTur), Ministério da Saúde (MS), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Após diagnóstico dos principais problemas e desafios da propriedade intelectual no país, a ENPI foi construída com base em sete eixos de ação: 1- PI para a Competitividade e o Desenvolvimento; 2 – Disseminação, Formação e Capacitação em PI; 3 – Governança e Fortalecimento Institucional; 4 – Modernização dos Marcos Legais; 5 – Observância e Segurança Jurídica; 6 – Inteligência e Visão de Futuro; e 7 – Inserção do Brasil no Sistema Global de PI.

Cada eixo é composto por um grupo de ações voltadas a macro objetivos que focam nos problemas e desafios diagnosticados. Ao todo, na Estratégia, são propostas mais de 210 ações para transformar o sistema de Propriedade Intelectual brasileiro.

Implementação

As ações propostas serão detalhadas e planejadas conforme as prioridades identificadas pela sociedade, durante a consulta pública realizada entre agosto e outubro de 2020, e pelo governo. Elas serão organizadas em planos de ação bienais, buscando garantir uma efetiva implementação, monitoramento, avaliação de resultados e eventuais adequações necessárias ao longo do processo de execução e de elaboração dos novos planos.

No primeiro semestre de 2021, será lançado o 1º Plano de Ação e o Portal Nacional de Propriedade Intelectual, que num primeiro momento reunirá todas as informações sobre a ENPI, inclusive para o acompanhamento da sociedade sobre o andamento da implementação do Plano de Ação em tempo real. Posteriormente, o Portal centralizará todas as informações e links sobre ações do governo ligadas à PI.

O GIPI será responsável pela implementação e governança da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, que será oficializada por meio de um decreto presidencial.

Fonte: Ministério da Economia