“Quem domina 60% do PIB tem que buscar BNDES e Finep”, diz Rosilda Prates
Presidente da P&D Brasil defende que grandes empresas utilizem instrumentos públicos para financiar inovação e aumentar competitividade
A presidente da P&D Brasil (Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação) e da Hexa Brasil, Rosilda Prates, enfatizou a importância do relacionamento ativo entre grandes empresas do Ceará com instituições públicas de fomento, como BNDES e Finep.
Para Rosilda, o acesso a funding público com juros subsidiados é fundamental para destravar projetos de P&D, diversificar portfólios e modernizar operações. Ela destacou que as operações diretas da Finep começam em R$ 15 milhões e, no BNDES, a partir de R$ 20 milhões.
Reputação e governança
A executiva também enfatizou que o reconhecimento institucional obtido ao aprovar projetos com esses órgãos melhora o posicionamento da empresa no mercado. “Se você passou no critério do BNDES e da Finep para ter crédito, é porque você é bom. Bom de governança, bom de indicadores”, disse.
Rosilda defendeu o uso da Lei do Bem como ferramenta fiscal essencial. “Quem fatura acima de R$ 70 milhões e teve lucro, tem que usar a Lei do Bem. Dá para recuperar até 22% do imposto de renda pago com despesas de P&D”.
A P&D Brasil, presidida por Rosilda, reúne companhias que investem 2,6% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento — mais que o dobro da média nacional, de 1,2%.
“Estamos falando de empresas com DNA de inovação, que têm legitimidade para dialogar com o governo e propor políticas públicas”, disse Rosilda.
Foto: André Lima








































