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Iniciativas da SNCT mostram como a ciência ajuda populações a superar desigualdades

Com o tema “Ciência para redução das desigualdades”, a 15ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) começou nesta segunda-feira (15), em Brasília, trazendo iniciativas que mostram como o desenvolvimento tecnológico pode ajudar os grupos em situação de desequilíbrio. Estandes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e de instituições parceiras são dedicados à população negra, às mulheres e às pessoas com deficiência.

A ideia do evento, segundo a diretora de Políticas e Programas de Inclusão Social do MCTIC, Sonia da Costa, é causar reflexão a respeito dos setores que sofrem com a falta de oportunidades iguais na sociedade. “O próprio desenho escolhido para representar a Semana Nacional retrata a mulher negra, que é a maior parte da população negra e que, hoje, possui a menor renda do país. São reflexões como essa que trazemos e queremos que jovens e meninas pensem a respeito”, disse.

Uma iniciativa do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) chamada “Meninas na Ciência” traz dados sobre a desigualdade de gênero no acesso a careiras como engenharia, ciências exatas e computação. Com isso, busca-se a quebra de preconceitos sobre a participação de garotas nessas áreas do conhecimento, além de trazer exemplos de sucesso de mulheres nessas profissões.

Mas há ainda mais mostras de inclusão espalhadas pela SNCT, como exemplifica a diretora Sônia da Costa. “No estande do MCTIC, nós abordamos a questão da pessoa com deficiência, mostrando que a tecnologia pode colocar essa pessoa em condições iguais de acesso à informação. Também temos um programa do Ministério da Integração com projetos que geram emprego e renda em regiões menos favorecidas, melhorando a qualidade de vida das pessoas”, afirmou.

Evento

Distribuída por 40 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, a SNCT abriga 71 estandes com atividades de popularização da ciência promovidas por 80 instituições. A expectativa é que pelo menos 100 mil pessoas visitem o espaço até domingo (21).

Uma delas é Laiane de Jesus, moradora da Ceilândia, que levou a filha Emanuele e a sobrinha Evelin para conhecerem a exposição. “É uma exposição para vários públicos, tem tecnologia e diversão para as crianças. Me impressionou o simulador de terremoto”, revelou.

Edson Pereira, fotógrafo, que vive em Sobradinho, ficou sabendo da SNCT pelas redes sociais. “Gostei do evento. O submarino brasileiro no estande da Marinha chamou minha atenção, principalmente pelo desenvolvimento do reator nuclear ser feito com tecnologia nacional”, comentou.

Fonte: MCTIC